Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical, e Antonio Silvan Oliveira, diretor da entidade e presidente da CNTQ, participaram do encontro. “Estivemos reunidos com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, para discussão do projeto de Lei Antimanifestação e sobre as mobilizações sobre a Pauta Trabalhista, referente à luta pela redução da jornada de trabalho pra 40 horas, correção da Tabela do Imposto de Renda e o fim do Fator Previdenciário. Não podemos aceitar esse projeto do governo, cujo principal objetivo é o de inibir as livres manifestações, além de criminalizar os movimentos sociais, a exemplo do que fazia a ditadura militar, quando a liberdade de expressão e manifestação era reprimida e cerceada, através do AI-5”, destacou Serginho.
Na ocasião, cerca de 80 dirigentes da Força Sindical realizaram um protesto, no Congresso Nacional, em Brasília, contra o projeto de lei que pretende “regulamentar” as manifestações de rua em todo o País.
No ato, os manifestantes da entidade cantaram a música “Eu te amo, meu Brasil”, do grupo Os Incríveis. Por muitos anos, a canção era tida como uma espécie de hino do Regime Militar no Brasil, o que sempre foi negado por integrantes da banda.
“Era uma sátira bem humorada da Força sobre a questão da lei antimanifestação. A ideia foi mostrar que a possível aprovação de uma lei como essa seria um retrocesso no tempo. Seria voltar ao tempo da Ditadura Militar”, disse Miguel Torres.
Torres desconfia da intenção do governo em criar regras para as manifestações e diz que a proposta, caso seja aprovada, vai na contramão da liberdade de protesto garantido pela Constituição Federal, de 1988 .
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), recepcionou os dirigentes e ouviu as ponderações da central sobre o tema. O mesmo assunto foi tratado também com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, deputado federal, considera a medida um absurdo, pois vai acabar com o direito as manifestações. “A intenção é sensibilizar os parlamentares e a sociedade de que a medida vai contra o modelo de democracia adotado no Brasil”, disse Paulinho.
Trabalhadores nas ruas no dia 09 de abril: “Unidos pela Pauta Trabalhista”
Na ocasião, os sindicalistas aproveitaram a visita ao Congresso e pediram celeridade na votação de projetos de interesse dos trabalhadores, como prévia do ato que as centrais sindicais irão realizar no dia 9 de abril, nas ruas de São Paulo, pela Pauta Trabalhista, objetivando o fim do fator previdenciário, a redução da jornada e contra o Medida Provisória da Copa, entre outras reivindicações.