Usina Vale é a única a não fechar acordo coletivo

A Usina Vale, de Onda Verde, é a única empresa da região que não fechou o acordo coletivo de trabalho do setor do álcool/etanol 2015/2016. Em abril deste ano, o Sindalquim encaminhou um ofício do Ministério do Trabalho de Rio Preto para todas as empresas do setor do álcool/etanol a pauta de reivindicações da categoria que seriam negociadas para a data base de 1º de maio de 2015. Entre usinas e destilarias, o Sindalquim representa 16 empresas, sendo que a única que permanece sem fechar o acordo é a Vale. Isso demonstra o desrespeito que a empresa tem pelo seus trabalhadores.  Desde abril, o Sindalquim vem tentando manter contato com os representantes legais da empresa na tentativa de iniciar as negociações da pauta. Entretanto, os mesmos radicalizaram e continuaram a recusar abrir os debates.

Passados todos esses meses, no último dia 26 de agosto de 2015, foi realizada no Ministério do Trabalho, em Rio Preto, uma mesa redonda, entre a direção da empresa e o Sindalquim. Foi então que a Usina Vale teve a ousadia e a coragem de, além de não apresentar qualquer índice para reajuste salarial, propor reduções dos direitos e garantias dos trabalhadores.  Querem reduzir o adicional sobre horas extras de 80% para 60%, adicional noturno de 40% para 30%, pagamento de PLR somente no mês de julho e se a empresa obtiver lucro, trocar a data de pagamento do dia 5 para o 5º dia útil do mês, entre outros absurdos. Claro que nós, que defendemos os trabalhadores, descartamos em mesa redonda essa atitude indecente e vergonhosa dos representantes da empresa.

Agora, a diretoria e o departamento jurídico do Sindalquim irá tomar todas medidas judiciais cabíveis. “Precisamos que os trabalhadores nos ajudem. Não só cobrando, mas nos apoiando. Os patrões estão agindo como coronéis como sempre”, afirmou o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes.  Lembrando também que a empresa unilateralmente e sem consultar as partes envolvidas, a partir de maio de 2015 retirou mais de 200 trabalhadores que pertencem a nossa categoria, isto sem dar satisfação ao SINDALQUIM e aos trabalhadores mostrando o jeitão "coronelismo" que possuem. Nos últimos dias, o Sindalquim entregou boletins na empresa, informando aos trabalhadores sobre mais esse absurdo.

 

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