A Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, destacou nesta segunda-feira que o Brasil ainda figura como um dos países com menor custo de produção de açúcar. Atualmente, são necessários algo em torno de 12 centavos e 13 centavos de dólar para fabricar uma libra-peso do alimento.
Já na Tailândia, segundo maior exportador mundial, o custo fica perto de 20 centavos de dólar, enquanto na Índia, bem próximo de 25 centavos de dólar por libra-peso. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pela Raízen durante o Cosan Day 2016, evento com analistas e investidores que ocorre em São Paulo.
A partir desses dados, é possível afirmar que o Brasil é um dos poucos a ter seus custos cobertos pelos preços do açúcar no mercado internacional. Nas últimas semanas, os contratos futuros da commodity têm oscilado entre 14 cents e 16 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
Durante o evento, a Raízen informou ainda que os custos com plantio e trato cultural na safra 2015/16, que se encerra neste mês, devem cair 18,6%, para R$ 734 milhões. O montante refere-se às 31 milhões de toneladas de cana própria, volume este 6,8% maior na comparação com o registrado no ciclo 2014/15.
A Raízen foi formada em 2011. Além da área de cana-de-açúcar, chamada de Raízen Energia, com 24 usinas espalhadas pelo País, a companhia também opera com distribuição de combustíveis (Raízen Combustíveis). Em 2015, seus 5.682 postos comercializaram 25,07 bilhões de metros cúbicos.