Na manhã da última sexta-feira (06/05/2016), diretores do Sindalquim e representantes patronais das usinas e destilarias da base estiveram reunidos em mais uma rodada de negociação, na sede da entidade, em Rio Preto. No encontro, mais uma vez, o setor patronal não apresentou proposta decente para os trabalhadores. Com total desrespeito, eles tiveram a coragem e ousadia de oferecer reajuste salarial de 4%, sendo 2% no mês de maio e os outros 2% em novembro de 2016. O Sindalquim manteve o pedido de reajuste salarial, aprovado na pauta nas assembleias realizadas com os trabalhadores dos dias 13 ao dia 18 de março de 2016, que é a Inflação (INPC do IBGE, de 9,83%, referente ao período de 1º de maio de 2015 até 30 de abril de 2016 + 2% de aumento real. A data-base é 1° de maio. Uma nova rodada de negociação ficou marcada para o dia 3 de junho, às 10 horas, também na sede do Sindalquim.
Na reunião, os representantes patronais reclamaram da crise política e econômica que o país vive, mas afirmaram que a negociação com o Sindalquim tende a evoluir nas próximas semanas. “Precisamos de tempo. Estamos usando esses debates para construir a proposta. Vamos evoluir. Hoje, o que temos para oferecer é esse percentual, mas vamos evoluir”, afirmou Jose Roberto Squinello, um negociadores. Edson Dias Bicalho, secretário da Fequimfar, quer diálogo. “O ideal é chegarmos num acordo. Precisamos manter o diálogo e equilíbrio para poder continuar as negociações entre as empresas e o trabalhador”.
O presidente do Sindalquim, Almir Fagundes, lamenta a falta de respeito referente a proposta oferecida pelas empresas. Agora, a diretoria vai levar a provocação ao conhecimento de todos os trabalhadores, na base, através de boletins informativos e assembleias. “A proposta não representa nem 50% da inflação. Isso é ridículo. Aqui não vendemos ilusão. Estamos negociando para os trabalhadores a partir do INPC, não menos que isso. As empresas estão fazendo grandes investimentos na indústria e lavoura, que significa que estão preocupadas só com produtividade e não com o trabalhador. Os trabalhadores não merecem investimento? Por que não podem investir no trabalhador também, que é quem produz toda a riqueza?”.