Na política, e na vida, não basta ter razão. É preciso criar condições para que a razão se imponha.
E o primeiro passo é buscar entender, com clareza, o que está acontecendo.
O Brasil saiu de um governo ruim, mas ligado ao campo popular, para um governo muito pior e submisso ao grande capital.
E saiu não por meio do voto popular e sim de manobra golpista urdida pelo então vice-presidente e seu peão na Câmara, Eduardo Cunha.
Observe. Os atuais mandantes trabalham com uma ideia só, reforma; no máximo, balbuciam ajuste.
Quem não quer reforma – da casa, do carro, da bicicleta, do sofá? Todo mundo. Reforma embute, portanto, um conceito capciosamente positivo.
E nós? O campo sindical e popular tem de uniformizar o discurso, porque é o acerto do discurso que ganhará corações e organizará cabeças – sem o que a grande massa não irá para as ruas se defender.
Entendido o que ocorre no Brasil, compreendida a maldade da reforma, a luta terá de ser contra as reformas – da CLT, da Previdência e da própria Constituição.
A palavra reforma, em nosso repertório, deve ser repercutida como golpe, golpe, golpe; corte, corte, corte; ataque, ataque, ataque. Reformar quer dizer cortar. Cortar direitos será desamparar a sociedade e empobrecer a massa trabalhadora.
É isso que devemos dizer, e demonstrar, a metalúrgicos, bancários, químicos, comerciários, têxteis, servidores, professores, rurais etc.
Falar com clareza; falar e repetir; repetir e transformar a ideia em dados, números, imagens e gráficos. Começar por onde? Pela imprensa sindical e pelos eventuais setores da mídia onde temos penetração.
São Paulo, 13 de setembro de 2016
Agência Sindical
João Franzin e Robson Gazzola, coordenadores
PS: Tomamos a liberdade de usar essa imagem – muito expressiva – cujo autor desconhecemos.