A Fequimfar – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo e seus sindicatos filiados, entre eles, o Sindalquim – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool Químicas e Farmacêuticas de São José do Rio Preto – SP e Região – conquistaram uma nova proposta patronal, que garante o reajuste salarial com 100% da inflação dos últimos 12 meses pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e a manutenção da PLR (participação nos lucros e resultados das empresas) na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). A nova proposta patronal foi apresentada em rodada de negociação da Campanha Salarial e Social, realizada tarde da última sexta-feira, dia 28 de outubro, na sede da FEQUIMFAR. O diretor do Sindalquim, Wagner Quedas, participou da negociação.
O presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite, destacou a importância da conquista da proposta patronal nesta última rodada de negociação. Serginho ressalta que, em razão das dificuldades encontradas pela bancada dos trabalhadores em receber uma proposta compatível dos representantes da bancada patronal, na rodada anterior, a FEQUIMFAR e seus Sindicatos filiados, mobilizaram a categoria em todas as regiões do estado de São Paulo, na luta pelo reajuste salarial e a manutenção da PLR: “Essa proposta que recebemos, somente foi possível em razão da organização dos dirigentes que integram nossa bancada, e foram precisos, nas negociações com a bancada patronal, como também nos esforços efetuados dos Químicos da Força, com apoio da Força Sindical e da CNTQ, nas mobilizações de toda a categoria química no estado de São Paulo”. Entre as propostas, além do reajuste salarial do índice da inflação dos últimos 12 meses (que será pago em duas parcelas – 70% em 1º de novembro e o restante a partir de 1º de junho até 5 de julho de 2017), a Fequimfar e os sindicatos filiados conseguiram manter a PLR na Convenção Coletiva de Trabalho.
O presidente do Sindalquim, Almir Fagundes, ressaltou que nas rodadas de negociação anteriores, os representantes patronais, usando ou querendo pegar carona na situação em que o pais se encontra, com índice de desemprego alto, não apresentaram proposta de reajuste e ainda queriam retirar a cláusula da PLR. “E após as várias assembleias realizadas pela Fequimfar e seus sindicatos filiados, entre eles, o Sindalquim, nas empresas que têm o maior número de trabalhadores e com representantes patronais que fazem parte da negociação, conseguimos conscientizar e mobilizar os trabalhadores do setor químico. E após a mobilização conseguimos mostrar para os patrões que se não houvesse reajuste salarial e fosse retirada a PLR, os trabalhadores poderiam paralisar suas atividades das empresas. Esse reajuste não era o nosso objetivo, mas foi o que conseguimos em virtude da crise econômica”, afirmou Fagundes. No dia 10 de novembro haverá uma Assembleia Geral na sede da Fequimfar com todos os representantes dos sindicatos filiados para aprovação e possível assinatura da campanha salarial dos químicos. A Fequimfar e seus 33 sindicatos filiados representam mais de 150 mil trabalhadores em todo o Estado de São Paulo nos segmentos industriais químico, plástico, fertilizantes, abrasivos, cosméticos, tintas e vernizes, entre outros. A data-base da categoria é 1º de novembro.