O crescimento de 53% na exportação de açúcar brasileiro, divulgado no início da semana, traz reflexos imediatos para a economia regional em um cenário de crise internacional. De acordo com Jacyr Costa Filho, presidente da Açúcar Guarani, de Olímpia, o principal reflexo se dá na área social, com a manutenção do nível de emprego, quando outros segmentos enxugam quadros.
“Outro reflexo é que haverá um crescimento na destinação de cana para a produção de açúcar, em detrimento do etanol”, disse o presidente da empresa.
A seu ver, essa maior moagem de cana para produção de açúcar não representará risco de desabastecimento no álcool. “O crescimento da área plantada vai manter a oferta do álcool à altura das necessidades da demanda”, prevê Costa Filho.
O empresário entende que a quebra expressiva na produção mundial – só a Índia reduziu sua produção de 27 milhões de toneladas na safra 2007/2008 para 14,5 milhões na safra 2008/2009 – , vai elevar o preço pago ao produtor entre 10% e 15%. “A libra-peso que variou entre US$ 0,10 e US$ 0,15, agora vai ficar um pouco acima de US$ 0,15”, acredita.
Além da Guarani, a Usina São Martinho, com duas unidades em São Paulo e uma em Goiás, também confirmou esta semana que vai aumentar em 20% a produção de açúcar. A empresa estima moer 1 milhão de toneladas de cana a mais do que na safra anterior.
Já a Usina São João, de Araras, vai destinar 60% da sua cana para o açúcar.
Fonte: BOM DIA Rio Preto, em 22/07/2009