O açúcar salvou as contas de Rio Preto na balança comercial de 2009 e ainda contribuiu para um recorde de exportação.
O valor de vendas para o exterior foi de US$ 45.471.703, dos quais, US$ 12.406.762 de açúcar bruto, contra os US$ 43.868.075 de 2008, quando o município não exportou açúcar de cana. É o maior volume dos últimos nove anos. O crescimento dos valores de exportação – 2009 em relação a 2008 – foi de 3,6%.
Não fosse o açúcar bruto de cana, o resultado das exportações de 2009 teria sido de US$ 32.405.643, com queda de 26,1% em relação a 2008. Com essa participação do açúcar, o resultado total mantém um crescimento ininterrupto desde 2001, quando a exportação de Rio Preto ainda estava na casa dos US$ 6.567.683.
Os Estados Unidos, que já lideraram a relação dos parceiros importadores do Brasil, hoje se situam apenas em quinto lugar.
De acordo com a relação divulgada pela Secretaria do Comércio Exterior, os cinco principais países de destino dos produtos brasileiros em 2009 e os valores pagos por eles, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, foram Hong Kong, com US$ 17.337.810, Gana, com US$ 4.366.363, Tanzânia, com US$ 4.359.106, Tunísia, com US$ 3.582.431, EUA, com US$ 3.474.920.
Da América Latina, o principal importador de produtos brasileiros é o Paraguai, em 11º lugar no ranking geral. O segundo latino é a Argentina, em 17º lugar.
Os principais produtos exportados por Rio Preto são as miudezas comestíveis de bovinos, com US$ 16.121.309, o açúcar de cana bruto, com valor já informado, outros açúcares (cana, beterraba, sacarose), com US$ 4.748.412, mudas de plantas ornamentais, com US$ 2.314.031, e artigos e aparelhos ortopédicos, com US$ 1.536.255.
Exportador vira importador da China
Tradicionais exportadores rio-pretenses estão se transformando em importadores. A concorrência com alguns produtos chineses, a carga tributária e os encargos sociais desestimulam a produção, dizem eles. Um exemplo expressivo é o da PEG Compressores, que fabricava seus próprios produtos e passou a importá-los da China.
O gerente comercial da PEG, Cléber Bianchi, dá o exemplo: “Se eu importar e vender o produto importado tenho um ganho 30% superior ao do produto que eu mesmo fabrico.”
Um tipo de compressor fabricado em Rio Preto é colocado no mercado regional por cerca de R$ 1,5 mil. “Se eu importo o produto semelhante da China, consigo vendê-lo por R$ 600, e com razoável margem de lucro.”
Para o despachante aduaneiro Paulo Narcizo, da Caribbean Express, esses fatos devem ter reflexos nos próximos levantamentos das exportações regionais.
Fonte: BOM DIA RP, em 28/01/2010