A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizou reunião ontem em seu escritório de São Paulo para discutir estratégia de combate à adulteração de etanol por adição de metanol.
Ficou decidido que as ações da força-tarefa, criada em maio de 2007, em São Paulo, com a participação da ANP e de diversos órgãos públicos para fiscalização do mercado de combustíveis terão como prioridade esse tipo de fraude. O ponto de partida do trabalho do grupo será rastrear a origem do metanol que está sendo misturado ao etanol vendido nos postos de São Paulo.
O encontro teve a participação de representantes do Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual de Fazenda, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Delegacia Fazendária, Prefeitura de São Paulo, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) e Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro).
A ANP interditou no dia 2, em Santo André (SP), duas bombas de etanol do posto revendedor Maxigás Auto Posto ltda, na Avenida Capitão Mário Toledo Camargo, 4.950, Vila Luzita. Em uma das bombas de etanol o percentual de metanol era de 95,8%, na outra chegava a 79,3%. As bombas foram interditadas por medida cautelar para proteger a saúde dos frentistas e dos consumidores. O posto responderá a inquérito administrativo e penal, uma vez que a interdição será encaminhada ao Ministério Público Federal.
O metanol é uma substância altamente tóxica, que pode provocar a cegueira e até mesmo a morte, caso o seu manuseio não seja feito com a devida proteção. A ANP está analisando outras 55 amostras de álcool no laboratório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), contratado pela ANP. A investigação sobre a possível presença de metanol no etanol vendido em São Paulo teve início após denúncia feita ao chefe de fiscalização da ANP em São Paulo, Alcides Amazonas, no último dia 20 de janeiro.
Fonte: Jornal da Cana, em 09/02/2010