Cerca de dois mil trabalhadores químicos da fabricação do etanol combustível, representados pela Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), conquistam reajuste salarial de 7%, sendo 1,43% de aumento real, além de dois salários nominais como PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O piso salarial foi reajustado para R$ 817,62.
Os trabalhadores beneficiados são das usinas Batatais, Virálcool, Santa Inês, Moreno, Pitangueiras, Bazan, Delos e Cevasa. Os mais de 3 mil trabalhadores das usinas Mandu, Colorado, Usina Guaíra e Alta Mogiana conquistaram o mesmo reajuste, no entanto o piso salarial foi fixado em R$ 787,92. Houve uma PLR de R$ 787,92.
Na região de São José do Rio Preto, mais de cinco mil trabalhadores da categoria terão 8% de reajuste do piso, que passará de R$ 766,33 para R$ 827,20. Para os que recebem acima do piso, o aumento será de 7%. Na usina Moreno e na Coplasa o piso salarial passará a ser de R$ 831,60. Outros benefícios como PLR e vale alimentação também serão reajustados em 7%.
De acordo com a Fequimfar, na região de Araçatuba, onde existem 23 usinas, com aproximadamente 7,5 mil trabalhadores, a categoria fechou acordo, reajustando os salários em 7%. O piso sofreu um reajuste de 10%, passando para R$ 752,00.
Na região de Bauru, o Sindicato já fechou acordo com duas empresas do setor, reajustando os salários em 7%. O piso recebeu um aumento de 10%. O total de trabalhadores beneficiados é 500. As negociações continuam nas demais usinas e destilarias.
Em Marília, cerca de 240 trabalhadores da usina Cosan Paraguaçu conquistaram reajuste salarial de 7%, implantação da PLR (nos moldes do grupo Cosan) e bolsa de estudo com cobertura de 50%. As negociações continuam nas demais usinas e destilarias.
Na região de Ipaussu, os trabalhadores das empresas Agro-Industrial Tarumã, Iracema, Destilaria Londra e Freitas Álcool receberão reajuste de 15% no piso salarial. Já na Santa Maria, Agroindustrial Espírito Santo Turvo e Cosan S/A, o reajuste do piso foi de 10%.
A TGM reajustou o piso em 7,18% e a Bernardino de Campos em 7%. Para os trabalhadores que ganham acima do piso, o reajuste conquistado pelo sindicato foi de 7%, em todas as empresas. O total de trabalhadores beneficiados chega a 2 mil.
“Os trabalhadores do setor estão dando continuidade a luta pelo aumento e PLR, como também pela redução da Jornada para 40 horas semanais, sem perdas salariais, pela manutenção dos direitos conquistados e por melhores condições de trabalho”, disse o secretário geral da Fequimfar, Edson Dias Bicalho.
“Na campanha desse ano, tentamos negociar em nível estadual. Conseguimos criar um grupo de trabalho com representantes da Fequimfar e da Unica para construir esse caminho. Enquanto isso, a campanha salarial segue empresa por empresa ou grupos de empresas. O setor cresceu muito e os trabalhadores precisam recuperar suas perdas, além de uma parcela justa nesse crescimento”, disse o presidente do sindicato, Sergio Luiz Leite.
Fonte: Fequimfar