As vendas de álcool combustível tiveram a primeira retração desde 2003, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Em 2010, foram comercializados 15 bilhões de litros de álcool hidratado -o chamado álcool puro, que não é adicionado à gasolina. Isso representou queda de 8,5% ante o resultado obtido no ano anterior.
Em 2009, o consumo de álcool tinha chegado a 16,4 bilhões, maior patamar já verificado, superando em 16,5% o volume de 2008.
A concorrência do açúcar foi determinante para o resultado. Com a quebra da safra na Índia, um dos principais produtores, o açúcar teve grande valorização no mercado internacional, o que levou o setor canavieiro brasileiro a privilegiar sua fabricação em detrimento do álcool.
Com a menor oferta de álcool no mercado, o preço subiu. Segundo a ANP, em dezembro de 2010, o preço médio do litro de álcool era de R$ 1,804. Um ano antes, não passava de R$ 1,723.
Como a maior parte da frota é de carros flex fuel, as vendas de gasolina automaticamente subiram e tiveram expansão de 17,5%.
O mercado total de combustíveis cresceu 8,4% em 2010. O volume comercializado totalizou recorde de 117,9 bilhões de litros.
Em 2011, espera-se um avanço de 7% do mercado, estimou Allan Kardec Duailibe, diretor da ANP.
CONSUMO DE DIESEL
A expansão foi determinada pela retomada econômica, que provocou um salto significativo nas vendas de óleo diesel. O combustível, que move caminhões e boa parte da indústria, teve vendas totais de 49,2 bilhões de litros, alta de 11,2% ante ao ano anterior.
Em 2009, com a crise, as vendas de óleo diesel haviam caído 1% ante o ano anterior.
Já a comercialização de QAV (querosene de aviação) apresentou incremento de 15,1%, por causa do maior movimento no mercado de aviação.
Fonte: Udop, em 17/02/2011