Quando o motorista já acreditava estar pagando o preço limite no álcool, alguns postos de combustíveis da cidade voltaram a surpreender. Estabelecimentos elevaram novamente o preço do produto e em algumas regiões o litro está sendo vendido a R$ 2,33, um novo recorde.
E segundo demonstra levantamento de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a cidade figura hoje entre as que têm o álcool mais caro do estado de São Paulo, a frente de grandes centros como Sorocaba, onde o preço máximo encontrado é de R$ 2,15, Santos (R$ 2,26), São Bernardo do Campo (R$ 2,09) e Ribeirão Preto (R$ 2,23).
O presidente do Sincopetro, Alair Fragoso, diz que as altas seguidas estão sendo promovidas pelas usinas justamente para frear a demanda pelo produto. “Com a exportação para produção de açúcar em alta, está faltando álcool no mercado nacional e para segurar o consumo até o início da safra, que deve ocorrer em três semanas, estão elevando os preços”.
Com o novo preço do álcool se generalizando pelos postos da cidade o reajuste médio acumulado apenas em 2011 saltará para 37,8%.
O bombeiro Caio Correia da Silva mora com a família em Marília, mas trabalha em Lins. Ele diz que vem optando pela gasolina e reclama dos preços praticados na cidade. “Normalmente a diferença mínima no litro é de dez centavos entre aqui e Lins. Além de preferir abastecer lá, parei de usar o álcool e só volto quando a redução for grande”.
“É um abuso. Estão vendendo uma mentira quando enchem a boca para falar das maravilhas do etanol mundo afora”, completa o professor Nelson Tamura.
Fonte: Udop, em 22/03/2011