O álcool combustível saiu da lista de maiores pressões de alta sobre o índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe na primeira quadrissemana de maio. O produto subiu apenas 1,12% no período, depois de avançar 10,36% no fechamento de abril.
O IPC como um todo, enquanto isso, recuou de 0,70% para 0,64% entre as duas medições. “Em comparação com a alta anterior, pode-se dizer que o preço do álcool ficou de lado esta semana”, disse o coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune. Ele ressaltou, no entanto, que o álcool ainda acumula 30,24% este ano.
O preço da gasolina, em contrapartida, avançou 6,69% na primeira quadrissemana de maio, em linha com a alta de 6,62% da última quadrissemana de abril, e voltou a liderar a lista de pressões altistas sobre o IPC. “A gasolina ainda foi o principal vilão da inflação, respondendo por 27% de toda a variação do IPC”, comentou Comune. Na última quadrissemana de abril, a gasolina sozinha compôs 24% do IPC e o álcool combustível, 8%.
Na primeira medição de maio, seis itens somados responderam por 62% de todo o índice; além dos 27% da gasolina, aluguel contribuiu com 9%, leite longa vida com 8%, batata com 7%, feijão com 6% e refeição fora de casa com 5% para todo o IPC. “Como se previa, o álcool saiu dessa lista, está em trajetória de desaceleração”, disse Comune. Os demais componentes do IPC corresponderam aos restantes 38% da variação de todo o índice.
A relação entre o preço médio na bomba do etanol e o da gasolina, quando se leva em conta apenas a primeira semana de maio, ficou em 75,51%, praticamente estável ante o nível de 75,64% na quarta semana de abril.
Projeção. Ontem, Comune manteve em 0,40% sua projeção para o IPC de maio, mas alterou a distribuição entre os grupos e revisou a expectativa para a segunda e terceira quadrissemanas. Entre as maiores pressões de alta do IPC na primeira quadrissemana de maio, Comune detaca o feijão, cujo preço médio subiu 7,94% no período.
O economista disse ainda que, na primeira quadrissemana de maio, a lista dos 15 principais fatores de alívio do IPC compõe-se de alimentos, com exceção do item “produtos para veículo”.
Fonte: O Estado de SP, em 11/05/2011