Por: Henrique Fernandes
Preocupação é com a hora in itinire dos trabalhadores
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Rio Preto e Região fez nesta semana várias assembleias em todas as empresas do setor do álcool/etanol da base da entidade. As assembleias foram realizadas para levar ao conhecimento dos trabalhadores como estão as negociações com os representantes patronais para o fechamento da pauta da categoria. A data base da categoria é 1º de maio. Desde segunda-feira (16) os diretores estão percorrendo as portarias das usinas e conversando com os trabalhadores. Nesta sexta-feira as assembleias são realizadas nas usinas Guarani, Tiete, e Moreno. O presidente do Sindalquim, João Pedro Filho, falou sobre o atual momento das negociações. “Até o último mês, os representantes patronais tinham intenção de negociar e não deixar os trabalhadores perderem a hora in itinere. Agora, parece que tudo mudou. Se reuniram e querem levar vantagem e tirar os benefícios dos trabalhadores. Vamos continuar lutando para manter”.
A negociação deste ano é uma das mais complicadas dos últimos 20 anos, segundo João Pedro. “Nem mesmo na crise do setor do etanol, quando o álcool era vendido por 10, 15 centavos, os trabalhadores não tiveram redução salarial. Agora querem reduzir mais de 15% do salário do trabalhador, achatar o salário. E tem governante ainda dizendo que o país está crescendo, que estão criando postos de trabalho. Tudo mentira. O trabalhador não tem nem carne mais para o empresário arrancar. Estão tirando o osso já do trabalhador”.