Presidente do Sindalquim, João Pedro Alves Filho, comanda as duas grandes negociações coletivas do primeiro semestre, do setor farmacêutico e do etanol, e falou que se o trabalhador não se mobilizar ao lado do Sindicato vai ser complicado conseguir manter direitos e avançar nos pedidos de aumentos salariais
O presidente do Sindalquim, João Pedro Alves Filho, acompanhado de vários dirigentes da entidade, participou nesta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) da elaboração da pré-pauta de reivindicações e estratégias para a negociação coletiva do setor industrial farmacêutico e do setor do etanol. Dirigentes da Fequimfar e dos Sindicatos filiados estiveram reunidos nos seminários de negociação coletiva, na cidade de Praia Grande. Ele falou que neste ano a participação do trabalhador será imprescindível para o sucesso das negociações com o setor patronal.
“No setor farmacêutico, vamos lutar para manter a redação das cláusulas sociais. Sabemos que o anseio do patronato é o de voltar para as 44 horas semanais, tirar a licença maternidade, entre outras retiradas de direitos. É o pacote de maldade deles. Por exemplo, no Paraná, os patrões já pediram para retirar 30 cláusulas sociais. Na terça-feira, dia 18, vamos começar a fazer as assembleias nas empresas da região. Esperamos contar com todos os trabalhadores. Com um número alto de assinaturas, vamos mostrar ao patronato a nossa força. O nosso setor é forte e muito importante para a sociedade. Precisa ser respeitado. Produzimos remédios, produtos importantes e essenciais para a comunidade. Então, os trabalhadores precisam ser remunerados adequadamente”.
João Pedro falou também sobre a montagem da pauta do setor do etanol. Para ele, o momento é de avançar. “No ano passado fechamos com oito empresas pela inflação e sete fecharam abaixo. Precisamos de mais mobilização. Houve achatamento do salário no ano passado. Não podemos perder mais. É necessário avançar. E se os patrões ficarem insistindo na carteira verde e amarela muitos trabalhadores vão ficar sem emprego. Na nossa região somente três empresas estão fora da carteira verde e amarela, o resto pode implantar. Mas cabe a nós mostrarmos força e não permitir. É importante todos saberem que se os patrões implantarem uma maldade dessas, todos os trabalhadores vão ganhar menos no salário, vão perder a verba indenizatória, entre outros benefícios. Precisamos que todos participem das assembleias e se mobilizem. Somente com mobilização vamos avançar”. As assembleias nas usinas e destilarias da região começam no dia 26 deste mês e se estendem até o dia 5 de março.
Entre os destaques da pré-pauta do setor farmacêutico está o pedido de reajuste salarial do INPC do período + 3% de aumento real, piso salarial (salário normativo) de R$ 2.178,00, PLR no valor de 2 Salários Normativos e cartão alimentação/cesta básica de R$ 459,00. Até o dia 5 de março, os Sindicatos filiados realizarão assembleias nas bases para avaliação e aprovação da pré-pauta pelos trabalhadores. Em 6 de março, haverá uma grande assembleia na sede da FEQUIMFAR, em São Paulo SP, para considerações finais sobre a Pauta de Reivindicações que, se aprovada, será entregue no mesmo dia aos representantes do setor patronal do SINDUSFARMA.
Na pré-pauta de reivindicações do setor do etanol consta o pedido de reajuste de 2% de aumento real + INPC/IBGE do período, piso (salário normativo): R$ 1.793,33, piso para técnico químico: R$ R$ 3.362,25 e PLR de 2 salários normativos.
Agora, os Sindicatos filiados realizarão assembleias nas bases para avaliação e aprovação da pré-pauta pelos trabalhadores até o dia 5 de março. Em 6 de março, haverá uma grande assembleia na sede da FEQUIMFAR, em São Paulo SP, para considerações finais sobre a Pauta de Reivindicações que, se aprovada, será entregue no mesmo dia aos representantes do setor patronal da UNICA.